Por André Luis Mansur
Campo Grande foi o berço da principal fonte de divisas do Brasil na maior parte do século XIX. Foi da serra do Mendanha que saíram todas as matrizes dos grandes cafezais fluminenses. Na época, por volta de 1780, o dono da Fazenda do Mendanha (fundada no século 17 por Luiz Vieira de Mendanha) era o padre Antônio Couto da Fonseca, que recebeu as mudas do bispo D. José Joaquim de Castelo Branco, dono da conhecida Fazenda do Capão do Bispo, cuja sede ainda existe, em Del Castilho.
Já tinham sido plantadas mudas em outras partes da cidade, como na fazenda do holandês John Hoppman, em Mataporcos (atual bairro do Estácio) e na chácara dos frades capuchinhos, na rua dos Barbonos (atual Evaristo da Veiga), mas da serra do Mendanha o “ouro verde” se espalharia de forma impressionante, primeiro pelas terras mais a oeste, depois pelo Vale do Paraíba, até chegar a São Paulo, local onde encontraria seu reduto de maior riqueza e expansão.