[Artigo] Cruzada de educação no Rio da Prata

Cruzada de educação no Rio da Prata

Por André Luis Mansur

No dia 2 de novembro de 1933, o Rio da Prata, em Campo Grande, então descrito como uma “pitoresca e vicejante localidade daquela extensa zona suburbana” (1), recebia duas escolas públicas da Cruzada Nacional de Educação, projeto do Governo Getúlio Vargas que visava a construção de escolas públicas de ensino básico por todo o país.

O Rio da Prata recebeu as escolas devido às reivindicações de Antônio José Teixeira, “figura de acentuado destaque na localidade” (2), Comissário de Polícia do 18º Distrito e que havia sido Intendente Municipal do Rio de Janeiro (cargo equivalente ao de vereador hoje) durante nove anos. Em sua gestão, Teixeira levou ao Rio da Prata a linha de bondes, iluminação elétrica, abertura de vias públicas, construção de pontes, entre outras coisas. Morava na Estrada do Rio da Prata do Cabuçu, que foi absorvida pela Estrada do Cabuçu.

O presidente da Cruzada Nacional de Educação, Gustavo Ambruste, esteve presente na inauguração das duas escolas, que seriam dirigidas pelas professoras Firmina de Araújo e Elvira de Almeira Ferreira. O Rio da Prata, que ainda mantém até hoje alguns aspectos da vida rural em Campo Grande, já contava com algumas escolas, mas, segundo a reportagem do jornal “A Nação”, presente ao evento, “a Cruzada sentiu a necessidade de fundar outras exatamente porque as existentes já não correspondiam à proporção da população infantil” (1).

Após a cerimônia, o Comissário Antônio Teixeira convidou a todos os presentes para um farto almoço em seu sítio, como era de costume nos eventos políticos no Rio da Prata. 

(1) – A Nação – 8/11/1933

(2) – A Nação – 11/10/1933


Fotos: Jornal A Nação – 8/11/1933

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