Por Selma Sales
Será que somos livres?
Pelo conceito filosófico, “liberdade significa o direito de agir segundo o seu livre-arbítrio, de acordo com a própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Liberdade é também um conjunto de ideias liberais e dos direitos de cada cidadão. Liberdade é classificada pela filosofia como a independência do ser humano, o poder de ter autonomia e espontaneidade”.
Esse conceito define bem liberdade, mas será que ela é vivenciada por nós, mulheres, em sua totalidade? Essa ânsia por liberdade nos é inerente, sonhar com ela é pensar em como será desfrutá-la.
Para isso precisamos ocupar espaços de trabalho e poder através das lideranças e sempre com o olhar na nossa independência financeira. Segundo dados Sebrae e da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), o Brasil é o sétimo país com o maior número de mulheres empreendedoras no mundo. Dos 52 milhões de empreendedores no país, 30 milhões (48%) são mulheres.
Historicamente, os nossos direitos tardaram a prevalecer e muitos deles ainda não estão de fato na vida de muitas de nós. A igualdade de gênero no mundo é ainda tão distante que é hoje um dos objetivos de desenvolvimento da ONU. No ritmo atual, chegaríamos a um equilíbrio apenas em 256 anos.
De acordo com o IBGE, o salário das mulheres brasileiras em muitos setores, ao exercerem a mesma função que um homem, chega a ser 77% menor. Um dado alarmante e que muito nos preocupa.
Sabemos que para que tudo isso seja mudado e que, em escala, as mulheres possam obter conquistas relevantes, precisamos de incentivos públicos e privados. Podemos e devemos contribuir para acelerar essa mudança: precisamos estar no setor privado, em cargos de liderança, em cargos públicos notórios e no empreendedorismo. Assim, encurtamos os caminhos para as grandes oportunidades.
Liberdade financeira é o ponto, é assunto sério e deveria ser discutido cada vez mais cedo entre as mulheres, mas de fato não é um assunto nas famílias e, infelizmente, também não é nas escolas. Precisamos nos movimentar para levar esse tema para todas, quanto mais jovens melhor. Essa independência pode tirar mulheres da pobreza, de situações de risco e de violência.
Ganhar o próprio dinheiro e saber lidar com ele é primordial para a nossa evolução como mulher e na nossa busca por liberdade.
