Por André Luis Mansur
O Centro de Campo Grande parou no dia 25 de agosto de 1946, com a inauguração, na Rua Coronel Agostinho, 42-44, da loja O Gigante, “empório formidável de ferragens, tintas, louças, material de papelaria e escolar, elétrico e de construção, como, por exemplo, magníficas madeiras” (A Noite, 26/8/1946). A loja foi um empreendimento de Alfredo Del Cima e Francisco Barbosa e contava, segundo sua propaganda, com um amplo estoque e grande variedade de produtos a preços acessíveis, além de modernos caminhões.
A inauguração começou às 10 horas e se estendeu ao longo do dia, com grande presença de público e de figuras importantes do bairro, como Manoel João Gonçalves, Guaracy M. Valente e Cícero Ferreira Alves, respectivamente presidente, superintendente e contador do Banco Predial do Estado do Rio de Janeiro, que possuía uma sede em Campo Grande. Outros personagens importantes do bairro presentes foram Jovino José dos Santos, A. Carlos da Costa, Fernando Magalhães, Agostinho Ferreira, Elias Abrahão, Nicanor Fontoura, Mário Barbosa, coronel Rufino Alves Sobrinho, Francisco Caldeira de Alvarenga, Eduardo Ribeiro, Araújo Jorge, Luiz Pereira de Souza, além de representantes da Caixa Econômica Federal e “Senhoras, Senhorinhas, famílias da localidade, colegiais e uma enorme multidão que se reuniu desde cedo à porta do GIGANTE” (A Noite, 26/8/1946).
Como era comum nestes eventos, foram realizados muitos discursos, como os de Helton Veloso de Castro (diretor do Ginásio Belisário dos Santos), José Veloso de Castro (advogado e jornalista), João Luiz (jornalista de “O Radical”), Dr. Potier (delegado de Campo Grande), Manuel Caldeira de Alvarenga (importante político local) e Eduardo de Oliveira Malheiros (do Sindicato dos Lavradores). Os donos da loja ressaltaram, durante todo o evento, a grande responsabilidade de “servir satisfatoriamente uma zona populosa e progressista do Rio!” (A Noite, 26/8/1946).
