Por André Luis Mansur
Em 3 de janeiro de 1916, começaram os trabalhos de implantação das linhas de bondes de Campo Grande à então chamada “Povoação da Pedra” e à localidade da Ilha de Guaratiba. O contrato foi firmado entre a prefeitura do Rio de Janeiro, na época Distrito Federal, e o industrial Antônio Fernandes dos Santos, que já era o concessionário da linha de tração animal entre Campo Grande e Santa Clara. Todas as linhas passariam a ser elétricas.
Antônio foi o fundador da firma Santos, Moreira & Cia, da Companhia Fiação e Tecidos Industrial Campista e também da Companhia de Tecidos de Linho de Sapopemba, antigo nome do bairro e da estação de trem de Deodoro. Além disso, o empresário também tinha fazendas no Paraná e outros empreendimentos.
As linhas de bondes da então Zona Rural do Distrito Federal iriam “impulsionar consideravelmente a sua viação suburbana, com grande vantagem para a pequena lavoura e outras indústrias eminentemente adaptáveis em toda esta região”. (Correio da Manhã, 3 de janeiro de 1916).
No ano seguinte, seria construída a Oficina de Manutenção dos Bondes, na Estrada do Monteiro, hoje um monumento histórico tombado e administrado pela Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb).
* Foto tirada pelo autor da antiga Oficina de Bondes
